terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Baixa produtividade reduz número de mamoeiros em Rinópolis


As dificuldades climáticas e a baixa produtividade do mamão têm tornado a atividade inviável para os produtores de Rinópolis, principal cidade produtora da fruta no Estado. O número de pés da fruta diminui a cada ano segundo os dados da Casa da Agricultura da cidade. Em seis meses, a quantidade caiu de 500 mil pés plantados para 300 mil, uma redução de 40%.
"Dentro das plantações que a gente acompanha, a geada ocorrida no mês de junho é que gerou a deficiência e a falta de mamão, comprometendo a comercialização. Dentro do nosso município, todas as roças que são dessa idade estão sem frutos, o que gerou prejuízos ao produtor", explica o engenheiro agrônomo Fernando José Levate.
Os pés de mamão na propriedade dos agricultores Romildo Perbelini e Sebastião Américo dos Santos estão praticamente sem frutos ou com boa parte deles deformada, o que impossibilita o comércio. "Há uns 10 anos que eu não vejo uma roça ruim assim", comenta Perbelini.
Eles amargam os prejuízos da sociedade do sítio onde estão plantados mais de 15 mil pés, que eram para gerar uma média de 35 mil a 40 mil quilos de mamão formosa por semana. Porém, este número foi reduzido para 10 mil quilos. Cerca de 70% da roça estão comprometidos. "Em um pé que era para nascer 70, 100 quilos, está com 30 quilos em média", lamenta Santos.
O fruticultor Antônio Sérgio Perbelini também tem sofrido as consequências da falta de chuva. A colheita já deveria ter começado em sua propriedade, mas teve que ser adiada para o início de março. E a maioria dos mamões não será destinada aos mercados.
"Muito mamão torto, abortou bastante também. Perdeu uns dois, três meses da safra. Alguns poucos a gente aproveita para a indústria, vende verde, mas o preço é tão barato que não compensa", diz o produtor.
O preço do produto tem variado a cada semana. Na roça está entre R$ 0,50 e R$ 1 o quilo. Segundo ele, se os preços baixarem ainda mais, o jeito é desistir da cultura. "Eu estou pensando em parar, o mamão não está compensando", comenta.
Fonte: http://www.ifronteira.com/noticia-regiao-34712

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